O Vale do Jequitinhonha já esteve entre as regiões mais pobres do país, e hoje a arte vem dando novos contornos à realidade local. A seca fazia com que os homens abandonassem o local em busca de trabalho e as mulheres acabavam ficando longos períodos sozinhas em casa. Foi nessas condições que elas viram no barro um novo caminho, e através do artesanato passaram a encontrar uma fonte de renda para conter o êxodo rural.

Nossas peças são feitas pela artesã Sergina, de 54 anos, que mora na comunidade de Campo Alegre. Ela começou a trabalhar com barro aos 10 anos de idade, e hoje as filhas Lília e Vanderléia trabalham junto dela, que por sua vez aprendeu com sua mãe e sua avó Augusta. Ela fazia as peças e saia a pé, de madrugada, para vender em uma cidadezinha próxima, tendo que usar o dinheiro da venda para comprar comida. Uma fase muito difícil, que mudou a partir do esforço das mulheres artesãs em conquistar reconhecimento pelo seu trabalho, e transformar assim a realidade local de extrema pobreza para um verdadeiro polo artístico.

Cuidados: apesar da alta qualidade e resistência das peças, evite o uso de materiais abrasivos.