Arielle Martins
Brasília (DF)Arielle Martins é uma jovem ilustradora brasiliense que tem se destacado em projetos de ilustração em murais pelo Estúdio Acaiá e sua produção gráfica transita em diferentes suportes: ilustração fine art, capa para disco, estamparia e acaba de estrear o primeiro livro infantil com suas ilustrações, “Uma Semana Inesquecível”, de Mércia Leitão e Neide Duarte, sobre a Semana de Arte Moderna de 1922.
Em 2017 Arielle concluiu o curso em arquitetura pela UnB e começou a trabalhar na área, no desenvolvimento de projetos. Ao final de uma obra a cliente buscava alguém para pintar um mural no interior do apartamento. Arielle, que desenhava desde criança, apresentou o portfólio com seu trabalho criativo e foi assim que realizou o seu primeiro mural, dando início à transição de carreira. Desde então suas criações foram ganhando visibilidade e a projetaram nas artes visuais e com eles a certeza de que a ilustração veio para ficar, deixando o escritório de arquitetura em janeiro de 2020.
Aos 26 anos, Arielle trabalha sua arte em parcerias e collabs dialogando com outros artistas e criadores, seja na materialização dos murais ou através da direção de arte de seus amigos na criação de diferentes produtos. A arte pensada e produzida coletivamente através das trocas, torna seu universo mais potente e cheio de possibilidades. As ilustrações que você encontra na Imaterial foram ilustradas por ela com texto e direção criativa do designer Sávio Drew.
Além do belo conjunto arquitetônico, Brasília tem uma efervescente cena criativa em artes visuais, grafites e murais, e uma natureza exuberante e extensa em seu entorno, essa realidade dual está presente em suas ilustrações. Suas criações têm uma forte relação com a espacialidade, uma mescla de referências urbanas e arquitetônicas em diálogo com elementos da natureza, entrelaçadas por cores fortes e terrosas, que nos remetem à fauna e flora do cerrado brasileiro, que permeiam o imaginário da jovem artista. Além da natureza do cerrado, sua inspiração é permeada pela música, literatura e filmes, tudo se mescla para que ela crie metáforas visuais e uma poética própria.